Sunday, August 7, 2011

Mutilação genital feminina, agora também em Portugal

De acordo com a Associação de Imigrantes Guineenses e Amigos do Sul do Tejo (AIGAST), a prática da mutilação genital feminina é uma realidade aqui em Portugal, mais precisamente no Vale da Amoreira, na Moita. A AGAIST trabalha há dez anos para responder às necessidades da população da localidade em questão, uma população de mais de 12 mil pessoas onde cerca de 30% são originárias da Guiné-Bissau, essa triste ex-colónia portuguesa onde o islão tem uma grande implantação. O bairro é, segundo a associação, "cinzento, pobre e tem um número elevado de desempregados". Para Susana Piegas, membro da AISGAT, a mutilação genital feminina "é uma questão muito presente" no bairro e garante que "os números reais da prática da excisão de meninas - que ninguém consegue contabilizar - são avassaladores". "Identificamos na nossa comunidade pessoas que levaram a cabo a prática e outras que pretendem fazê-lo. Aqui há famílias em que todas as mulheres foram excisadas. Tivemos, por exemplo, há uns meses, conhecimento de que três meninas da mesma família foram mutiladas aqui no bairro e sabemos de outras que vão à Guiné para cumprir esse ritual", acrescenta. Susana explica também que a AIGAST quer "ajudar a combater este flagelo", mas considera que "isso só pode ser feito informando, sensibilizando, trabalhando na prevenção": "Queremos trabalhar junto da comunidade para desmistificar estas tradições intergeracionais. Temos dado alguns passos nesse sentido mas precisamos de mais recursos. O trabalho exige investimento e demora tempo a dar frutos, mas tem que ser feito. É preciso inverter esta situação". A guineense Rosa Tavares, também ela membro da AIGAST, coordena o departamento de saúde da associação e conta que é casada com um muçulmano (o amor por vezes é parvo) e que impediu que a sua filha fosse mutilada. Garante ela que a prática da mutilação genital feminina "gera muito dinheiro".
A mutilação genital feminina é reconhecida internacionalmente como uma grave violação dos Direitos Humanos. Trata-se de uma prática que ocorre principalmente em países africanos, mas que tem sido importada por comunidades imigrantes para a Europa, onde o Parlamento Europeu estima que vivam cerca de 500 mil mulheres e jovens mutiladas e 180 mil em risco anualmente. A Organização Mundial de Saúde estima que mais de 140 milhões de mulheres, raparigas e meninas tenham sido já submetidas a esta horrível prática e que cerca de três milhões se encontrem todos os anos em risco.
Ora o multiculturalismo apregoa que todas as culturas são iguais e que todas elas devem ser respeitadas de maneira igual custe o que custar, der lá por onde der e doa a quem doer, portanto porque é que não respeitam os ocidentais esta "nefasta" tradição cultural das africanas de mutilar genitalmente as suas meninas? Que contra-senso! Mas então será que isto é um claro sinal de que podemos afinal ter esperança no futuro do mundo porque pelos vistos há gente que já está a abrir os olhos para a realidade que afirma preto no branco que a cultura ocidental, a judaico-cristã, é superior às demais, sobretudo à cultura muçulmana dos africanos?

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